O preço do pão continua salgado, pelo menos no paladar dos consumidores mineiros. A Medida Provisória (MP) que suspendeu, no último dia 27 de maio, o recolhimento do impostos PIS e Cofins sobre o trigo e o pão francês, até 31 de dezembro deste ano, ainda não desonerou o bolso do consumidor. Uma pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro, mostra que o quilo do pãozinho de sal continua aumentando. Na semana anterior ao anúncio feito pelo governo o preço subiu 0,26% em Belo Horizonte, segundo estimativas do site. O aumento acumulado é de 33% desde de janeiro.

Os produtos derivados do trigo e da farinha estão seguindo a tendência da inflação. De 19 a 27 de maio, a pesquisa do Mercado Mineiro mostrou que o preço médio do quilo do pão aumentou e passou de R$ 7,15 para R$ 7,63. A dona de casa Maria Helena Santos, 46 anos, já está sentindo no bolso o reajuste dos produtos que contém o trigo. “Estou revendo minha lista de compras. Não dá mais para abusar da farinha de trigo e das massas. Macarrão agora só nos finais de semana e o pãozinho de sal já substituí pelo biscoito”, disse.
De acordo com a aposentada Ivonete Costa, 65 anos, o consumo diário de 10 pães tem pesado no orçamento doméstico. Gastando cerca de R$ 60 com pães, por mês, ela afirma que não tem como cortar o hábito dos quatro integrantes da família. “Mesmo com o aumento do preço dos pães a rotina continua a mesma. A alternativa foi comprar na mão do padeiro que vende os pães a R$ 0,20 cada”, conta. Para o padeiro Alexandre Martins, 21 anos, não houve alternativa. Ele preferiu congelar o preço do pãozinho vendido no bairro Goiânia, região Nordeste da capital. Mesmo com a medida, ele destaca que as vendas já caíram devido à criatividade dos consumidores. “Antes do aumento, vendia, em média, 800 pães por dia. Hoje, minha venda caiu pela metade. As pessoas têm procurado outras opções, como fazer bolos e biscoitos.”
Os produtos derivados do trigo e da farinha estão seguindo a tendência da inflação. De 19 a 27 de maio, a pesquisa do Mercado Mineiro mostrou que o preço médio do quilo do pão aumentou e passou de R$ 7,15 para R$ 7,63. A dona de casa Maria Helena Santos, 46 anos, já está sentindo no bolso o reajuste dos produtos que contém o trigo. “Estou revendo minha lista de compras. Não dá mais para abusar da farinha de trigo e das massas. Macarrão agora só nos finais de semana e o pãozinho de sal já substituí pelo biscoito”, disse.
De acordo com a aposentada Ivonete Costa, 65 anos, o consumo diário de 10 pães tem pesado no orçamento doméstico. Gastando cerca de R$ 60 com pães, por mês, ela afirma que não tem como cortar o hábito dos quatro integrantes da família. “Mesmo com o aumento do preço dos pães a rotina continua a mesma. A alternativa foi comprar na mão do padeiro que vende os pães a R$ 0,20 cada”, conta. Para o padeiro Alexandre Martins, 21 anos, não houve alternativa. Ele preferiu congelar o preço do pãozinho vendido no bairro Goiânia, região Nordeste da capital. Mesmo com a medida, ele destaca que as vendas já caíram devido à criatividade dos consumidores. “Antes do aumento, vendia, em média, 800 pães por dia. Hoje, minha venda caiu pela metade. As pessoas têm procurado outras opções, como fazer bolos e biscoitos.”
Medida Provisória
A principal mudança é a isenção de PIS e Cofins até o fim do ano para trigo in natura, farinha de trigo e pão francês. Antes da aplicação da medida, esses impostos possuíam alíquota de 9,25%.
O governo decidiu baratear o transporte do trigo que vem sendo importado dos Estados Unidos e do Canadá para compensar a falta de importações da Argentina. O problema é que, além de ter preço mais alto, o trigo oriundo dos dois países também tem frete maior. Enquanto uma importação de trigo argentino chega ao Brasil em menos de uma semana, a dos EUA demora pelo menos 40 dias. O custo do frete cairá 25% com a isenção de uma taxa destinada ao Fundo de Renovação da Marinha Mercante.
Por fim, o governo estendeu o prazo para importação de trigo de países fora do Mercosul com tarifa zero, que passou de 30 de junho para 31 de agosto. Em troca, os produtores de trigo se comprometeram a repassar a queda no custo de produção para o consumidor ou evitar que o produto continue subindo.
O governo decidiu baratear o transporte do trigo que vem sendo importado dos Estados Unidos e do Canadá para compensar a falta de importações da Argentina. O problema é que, além de ter preço mais alto, o trigo oriundo dos dois países também tem frete maior. Enquanto uma importação de trigo argentino chega ao Brasil em menos de uma semana, a dos EUA demora pelo menos 40 dias. O custo do frete cairá 25% com a isenção de uma taxa destinada ao Fundo de Renovação da Marinha Mercante.
Por fim, o governo estendeu o prazo para importação de trigo de países fora do Mercosul com tarifa zero, que passou de 30 de junho para 31 de agosto. Em troca, os produtores de trigo se comprometeram a repassar a queda no custo de produção para o consumidor ou evitar que o produto continue subindo.
Dependência do trigo
As importações brasileiras de trigo somaram 201,3 mil toneladas e US$ 73,6 milhões no primeiro trimestre deste ano. O país é o segundo maior produtor mundial de biscoitos, com faturamento anual de R$ 7,41 bilhões. No setor de massas, o Brasil é o terceiro produtor do mundo, com faturamento de R$ 4,67 bilhões.
O preço da farinha de trigo brasileira na indústria, segundo a Associação Brasileira das Indústria de Massas Alimentícias (Abima), passou de R$ 1.066 para R$ 1.312 a tonelada, entre 2007 e 2008, uma alta de 23,07%. No ano passado, o item já havia subido 19,33% na comparação com 2006. As massas também subiram neste mesmo período, em média 25%, e os biscoitos e bolachas, mesmo as doces, estão cerca de 21% mais salgados.
Os problemas no setor de trigo ocorrem devido ao crescimento da demanda mundial, a quebra de safras em alguns dos principais produtores e a diminuição dos estoques nas últimas décadas. Segundo especialistas, o resultado final para o Brasil, que importa até 70% do trigo que consome, é a maior crise do setor nos últimos 20 anos.
O preço da farinha de trigo brasileira na indústria, segundo a Associação Brasileira das Indústria de Massas Alimentícias (Abima), passou de R$ 1.066 para R$ 1.312 a tonelada, entre 2007 e 2008, uma alta de 23,07%. No ano passado, o item já havia subido 19,33% na comparação com 2006. As massas também subiram neste mesmo período, em média 25%, e os biscoitos e bolachas, mesmo as doces, estão cerca de 21% mais salgados.
Os problemas no setor de trigo ocorrem devido ao crescimento da demanda mundial, a quebra de safras em alguns dos principais produtores e a diminuição dos estoques nas últimas décadas. Segundo especialistas, o resultado final para o Brasil, que importa até 70% do trigo que consome, é a maior crise do setor nos últimos 20 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário